terça-feira, 13 de abril de 2010

Thomas L. Friedman, O Mundo é plano: uma História do século XXI



Breve resumo:

Aluna: Gilmara Elke Dutra Dias
Prof. Dr. Chico Correia
Mestrado em Administração - Área: Estratégia Empresarial
Disciplina: TGA/TO
Universidade de Fortaleza - Ce

Thomas Friedman norteia a temática da globalização, onde é comentador de política internacional. Diz-nos que a globalização ao contrário do que é dito inúmeras vezes revela-se numa extraordinária oportunidade , sobretudo para os mais pobres.

" A globalização não gera mais pobreza e injustiça. Pelo contrário, ela facilita a vida aos pobres que queiram concorrer em mercado aberto", gente... será??? tenho minhas dúvidas, visse?

O autor, defende que o mundo está a ficar cada vez mais igualitário e nivelado, concedendo países atrasados mais oportunidades para entrar em áreas onde antes lhes era impossível participar. ( - posso considerar que tivemos um grande evolução econômica, no entanto ainda não é bem assim/...).

Bem continuando a sinopse do livro.... Nos negócios, mas também na investigação, no desporto, na cultura, a globalização está a tornar o mundo mais justo, o tal mundo plano, brincando com a tese de Colombo, que o mundo é redondo.

A Índia e a China (principais protagonistas deste enredo, mas igualmente outras zonas), estão a ter grande sucesso na produção de produtos de baixa tecnologia, obrigando desta forma os ricos a subirem na escala produtiva, entrando em bens e serviços mais sofisticados.

Este processo acabará por por beneficiar a todos, criando mais riqueza e alargando imenso os mercados mundiais. Thomas Friedman, neste seu livro, conduz-nos por uma viagem estonteante pelos quatro cantos do mundo e por várias eras, para demonstrar que vivemos numa era de extraordinária em termos de oportunidades, sobretudo para os mais pobres.

Livro interessante sobre a globalização.

O Mundo é Plano—Uma História Breve do Século XXI, é um livro de 2005 escrito por Thomas Friedman editado em Portugal pela Actual Editora e no Brasil pela Objetiva.

Nessa análise, sobre o processo da globalização com com particular ênfase no princípio do Secúlo XXI. Entende-se que os autores acreditam que realmente o Mundo é plano no sentido em que os campos de competição entre os países desenvolvidos e os países em vias de desenvolvimento estão a ficar nivelados (apontando os exemplos da China e da Índia), mais uma vez argumento...... Será???? mesmo??????.....

Visualizando o livro, com uma visão sobre essa temática de que o mundo realmente poderia ser plano, entende-se que o título se refere também à mudança na percepção que as pessoas tinham do mundo (antes redondo e agora plano).

A necessidade de uma igual mudança de países, companhias e indivíduos desejarem se manter competitivos no mercado global, onde as divisões históricas, regionais e geográficas estão cada vez menos relevantes.( e o Brasil????, embora considerado emergente e sub-desenvolvido....... muito caminho ainda se tem a seguir......)....

O livro foi lançado em 2005 e depois relançado em 2006 e 2007, em edições atualizadas e ampliadas. O título foi inspirado numa frase do antigo CEO da Infosys, Nandan Nilekani.

Friedman revive uma viagem a Bangalore, Índia, onde ele tomou consciência de que a globalização tem mudado os conceitos econômicos. Ele sugere que o mundo é plano no sentido de que a globalização nivelou a competição entre os países induatrializados e os países emergentes.

Na sua opinião, esse nivelamento é resultado da convergência do computador pessoal com a fibra óptica e o crescimento do software de fluxo de trabalho. Ele cunhou o termo Globalização, diferenciando esse período da Globalização, na qual governos e corporações eram os grandes protagonistas e da Globalização, na qual companhias multinacionais conduziam a integração global.

Friedman cita vários exemplos de companhias na China e na Índia que, com digitadores e atendentes de call centers, se tornaram parte da cadeia de fornecimento de companhias como Dell, AOL e Microsoft.

A Teoria Dell de Prevenção de Conflitos de Friedmann é discutida no penúltimo capítulo de livro.Friedman, para efeito de organização dos conceitos, utiliza-se de listas numeradas com rótulos provocativos. Dois exemplos são "As 10 forças que nivelaram o mundo" e "As três convergências".

Dez forças niveladoras atuando a nível global:

1- A queda do muro de Berlim - Esse evento datado de 9 de novembro de 1989 simboliza a queda do império soviético, marcando o fim da guerra fria (Friedmann ressalta a "fantástica coincidência cabalística de datas" com o onze de setembro); a partir disso, o embate capitalismo x comunismo foi dado como vencido pelo regime de livre mercado; as pessoas do outro lado do muro puderam se juntar aos defensores da "Governança democrática" e se agregar à economia de livre, praticada na maioria dos países. A Índia, por exemplo, desde o fim da era colonial adotava o modelo econômico estatal com sua infraestrutura toda estatal. Segundo Tarum Das, diretor da Confederação da Indústria Indiana, entrevistado por Friedmann, diz que o fardo da estatização continha a economia e por isso ele crescia a uma taxa anual de apenas 3%. Depois da queda do muro a Índia reformou o modelo aconômico e suspendeu uma série de barreiras comerciais. Três anos depois os índices de crescimento já alcançavam 7%. Além dessa clara demonstração o achatamento do mundo, Friedmann analisa seu efeito na mudança cultural que tornou mais nítido o processo de globalização. Cita, para ilustrar, uma a história em sânscrito, que fala de um sapo que nasce dentro de um poço onde passa a vida toda. Sua visão de mundo é aquele poço. Depois que o muro de Berlim caiu "foi como se o sapo no poço pudesse de repente se comunicar com os sapos de todos os outros poços". E finaliza com uma frase de Amartya Sen, economista indiano, vencedor do Prêmio Nobel e professor em Harvard: "Se comemoro a queda do Muro é por estar convencido que podemos aprender uns com os outros". Além disso, no início dos anos 90 apareceu o Windows 3.0 consolidando a plataforma básica do mundo achatado: PC da IBM com uma interface gráfica que falicitou a interação, conectado a um modem apoiada pela rede telefônica mundial.

2- Netscape - Três eventos são citados como decisivos: a consolidação da infraestrutura de conectividade global, o surgimento da World Wide Web como um mundo virtual e o aparecimento do navegador Netscape, em 9 de agosto de 1995. Esse conjunto de fatores modificou a utilização da Internet - de suas raízes como meio de comunicação usado primeiramente apenas por novos adeptos fissurados para algo acessível a qualquer pessoa entre cinco e 95 anos. Friedman esclarece a diferença entre Internet e World Wide Web citando uma explicação de Berners-Lee: A intenet é uma rede feita de computadores e cabos, utilizada para troca de pacotes de informação (e-mail, por exemplo) e a WWW é um sistema de hipertexto global. A digitalização crescente transformou palavras, arquivos, documentos, filmes, músicas e imagens acessíveis e manipuláveis por qualquer um que tenha um computador conectado, em qualquer parte da Terra.

3- Software de Fluxo de Trabalho - A habilidade de máquinas conversarem com outras máquinas sem envolvimento humano. Friedman acredita que essas três primeiras forças "tornaram-se a base sólida para a nova plataforma de colaboração global".

4- Código aberto - Comunidades fazendo Upload e colaborando em projetos online. Na versão editada no Brasil esse capítulo recebeu o nome de Uploading. Essa quarta força é considerada por Friedman a s que causou maiores mudanças. Ele inicia esse tópico citando o Apache como exemplo de software elaborado e mantido coletivamente. A IBM apoiou seu desenvolvimento, após consenso entre a comunidade.

5- Outsourcing - Friedman argumenta que a Terceirização permitiu que as companhias dividissem suas atividades em componentes que poderiam ser sub-contratados e executados mais eficientemente e a custo menor.

6- Offshoring - A relocalização de um processo da companhia no exterior, com vistas a redução de custos.

7- Cadeia de fornecimento - Friedman compara a moderna cadeia de fornecimento a um rio e aponta, como melhor exemplo de utilização de tecnologia, a Wal-Mart que informatizou seus processos de vendas, distribuição e entrega.

8- Insourcing - Friedman cita a UPS como exemplo de insourcing (internalização), no qual os empregados da companhia desempenham serviços - além de entregas - para outras companhias. Por exemplo, UPS concerta computadores da Toshiba no lugar da própria Toshiba. O trabalho é feito na UPS por empregados da UPS.


9- In-formação
- Google e outras ferramentas de busca são os exemplos. "Nunca houve tanta gente com habilidade de achar, elas mesmas, tanta informação sobre tantas coisas e sobre outras pessoas" escreve Friedman. O crescimento dos mecanismos de busca é imenso; por exemplo, diz Friedman, o Google "processa atualmente por volta de um bilhão de buscas por dia, quando processava 150 milhoões há apenas três anos.

10- "Os esteróides" - Dispositivos de uso pessoal móveis (Assistentes digitais pessoal (PDAs), Pagers, telefones sobre protocolo de internet (VoIP).

Convergência tripla
Quanto as 10 forças nivelados, Friedman oferece a "tripla convergência", 03 componentes adicionais que atuaram para criar um novo e nivelado campo de jogo global.

1. Até o ano 2000, os dez niveladores eram independentes uns dos outros. No entanto, por volta do ano 2000, todos eles convergiram-se. Essa convergência pode ser comparada aos bens complementares, cada nivelador fortalecendo outros. Quanto mais um nivelador se desenvolvia, mais nivelado o mundo ficava.

2. Depois do surgimento dos dez niveladores, um novo modelo de negócios foi necessário para alcançar sucesso. Em lugar de colaborar verticalmente (colaboração de cima para baixo, na qual inovação vem de cima), as empresas precisariam começar a colaborar horizontalmente. Horizontalização significa que companhias e pessoas colaboram com outros departamentos ou companhias para agregar valor ou inovação. Convergência II de Friedman ocorre quando a horizontalização e os dez niveladores começam a se reforçarem mutuamente.

3. Após a queda do muro de Berlim, os países que seguiram o modelo econômico soviético — incluindo a Índia, a China, a Rússia e as nações do Leste europeu, América latina e Ásia central — começaram a abrir suas economias. Quando esses novos Players se integraram ao mercado global, eles adicionaram energia e fortaleceram a colaboração horizontal no mundo todo. Desse modo, a Convergência III é a mais importante força que modela a política e a economia do começo do século XXI.


No término da leitura, é possível entender a dinâmica atual do processo de globalização em que vivemos, e o seu desenvolvimento histórico.
Tendo em vista que, a velocidade no desenvolvimento tecnológico dos últimos tempos promoveu o achatamento do mundo, aproximou povos e culturas, evidenciou as diferenças culturais e permitiu que pequenos pensassem e agissem como grandes.
Visto que, essas transformações estão alterando as relações de trabalho e tornando
as hierarquias mais horizontais. Nesse ambiente, identifica-se a tendência dos países
desenvolvidos concentrarem seus recursos e competências na produção de conhecimentos
para geração de valor, enquanto que os países em desenvolvimento se mantêm na parte inferior da cadeia produtiva até que se adeqüem às condições necessárias a completa inserção na economia global.
Assim, torna-se salutar interpretar o terrorismo como uma forma de reação de povos
menos globalizados ao avanço cultural decorrente da planificação do mundo, pois
sugere a necessidade de se desenvolver não só as relações comerciais e econômicas
entre os povos, mas também as iniciativas de fomento à educação e à aproximação
cultural.
Sendo esse, excelente análise feita por Friedman referindo-se aos desdobramentos
geopolíticos das transformações produzidas pela globalização. O autor relaciona a geopolítica aos valores do mundo plano, onde a importância da conformação
geográfica e a orientação política é menos importante que na visão clássica,
na medida em que identifica a globalização de pessoas e não de Estados. O entendimento de que o terrorismo e a questão ambiental podem frear o processo de
globalização parece bastante hodierno e certamente merecerão especial atenção
das lideranças políticas para continuidade do crescimento econômico no planeta.
Enfim, Friedman deixou claro o entendimento que se trata de um processo irreversível, sem o qual não se pode imaginar que um país possa crescer autonomamente
de forma sustentada na terceira etapa da globalização.

Boa leitura....... ;)))))

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