domingo, 13 de dezembro de 2009

Responsabilidade social e o perigo para as empresas



Os Serviços de Atendimento ao Consumidor nas empresas explicam pela lógica exposta .............
Vivemos em dois mundos distintos: um dominado pelas normas sociais e outro em que as normas do mercado ditam as leis. As normas sociais estão ligadas a nossa necessidade de viver em comunidade cordialmente e não incluem necessidade de retribuição imediata.
Já as de mercado envolvem preços, relação custo-benefício, juros etc., implicando benefícios comparáveis e pagamentos imediatos. Introduzir normas de mercado na vida social fere os relacionamentos.
E introduzir normas sociais no universo das empresas representa um risco para estas (um risco que talvez não seja consciente, o que o torna maior ainda).

Quem diz isso é Dan Ariely, grande especialista em economia comportamental do famoso Media Lab do MIT, em seu livro“Previsivelmente Irracional”: segundo ele, as empresas que vêm divulgando seus trabalhos de responsabilidade social, feitos em parceria com a sociedade, estão introduzindo normas sociais no universo do mercado, querendo nos fazer pensar que somos uma família (ou amigos, pelo menos) e obter vantagens a partir de uma lealdade familiar.

De fato, com isso, o consumidor pode se tornar mais complacente com elas com seus erros e até com seus aumentos de preços.
Mas se, quando um banco qualquer devolve um cheque sem fundos e cobra uma multa, o cliente paga a multa e pronto, o mesmo pode não acontecer com um banco que alardeia seu companheirismo social. Se, em vez de um telefonema do gerente, o banco impuser uma multa, o correntista que é “da família” pode se sentir traído porque o banco quebrou as normas da transação social.
E nem mesmo os biscoitinhos na agência ou os comerciais singelos irão fazê-lo mudar de idéia, já que a relação social é rompida para sempre.“Não é possível tratar os clientes como membros da família em um momento e, depois, voltar a tratá-los de maneira impessoal”, diz Ariely.

A recomendação do especialista do Media Lab às empresas é muito séria na minha opinião e acho que deveria ser seguida à risca: que as empresas não trafeguem entre os mundos das normas sociais e das de mercado se não puderem realmente corresponder às expectativas que serão geradas.

Importante: o mesmo raciocínio, de acordo com o expert do Media Lab, vale para os relacionamentos das empresas com fornecedores e colaboradores. Ou seja, se você prometer normas sociais além das de mercado,

CUMPRAM AS PROMESSAS.... VISSE?

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